7.07.2008

Quase no fim

E mais um rascunho, teria trabalhado mais, mas tenho apenas seis minutos aqui, e algumas coisas mais para fazer. Só para não ficar sem nada. Em pouco tempo estarei dando fim a esse blog.

Beijos e carnes

Um falso e brutal silêncio rompeu o cômodo em que praticamente hibernava. Instintivamente sua respiração mudou, assustou-se brevemente, inspirou de forma mais longa e levantou um pouco a cabeça. Os olhos se abriram, mas não puderam enxergar nada, virou a cabeça e pode observar a silhueta de alguns móveis, salpicadas na luz rala escapando de uma fresta na porta. Ainda zonzo, distanciou-se das idéias distorcidas em que estava mergulhado e, vagarosamente, levantou parte do corpo, debruçado sobre um dos braços. Pela luz e pelo som distante de pássaros, que ouvia sem perceber, concluiu estar amanhecendo. Viveu até ali, por mais de três anos, sem estar acordado durante o nascer do dia. Desvendou a falsidade do silêncio num som agudo, que junto a uma luz vermelha que lampejava vez ou outra no quarto, apitava. Era uma de suas extensões, avisando a ausência de corrente elétrica, por isso o potente ventilador parou, e por isso teve a impressão de um silêncio repentino. Esticou-se, desligou o nobreak e deitou seu corpo novamente. Olhando para o teto, tentou se lembrar da data....