8.06.2009

Last of the wilds

Morro de novo, se for preciso, já que estamos aqui, novamente nesse pequeno espaço, rebatendo-se entre estreitas paredes de consistências tão tênues, preso a céu aberto, absolutamente… nova verdade, tão cortante, novamente tão verde, viva, dum sabor sempre complicado de se desvenciliar. São seus olhos, babaca! É teu olhar, teu olfato, tato, são ventos, brisas, arrevoadas dos teus próprios desertos, entre o café e dez caixas de leite, não há nada de novo, não há nada lá fora, tudo igual, tudo teu, não pense além de mera repetição. Corra, morra, te joga longe, bem do alto, te mata… mas não se assute se ao invés de acordar contra ao chão, passe a voar em favor do sonho. Que haja peso, dor e sabor, reaja alegremente, em verdade, em pureza, em lagrimas, em morte. Sorridente morte.

2.08.2009

nostalgia

Vezes lembramos de momentos antigos, que revelam doçuras intocáveis, perdidas... sim, sim, nostalgia... parecendo que sala alguma será tão iluminada, que particula nenhuma trará aquela sensação tal, joviam, vital, sem igual... descuidados escorregamos por essa melancolia que pouco a pouco nos tortua, tomando tempo, pensamentos, enchendo duma vontade de voltar pra lá... vezes essa nostalgia nos faz esquecer de que ainda estamos vivos.

1.16.2009

pequeno menino louco

Sabíamos certa vez dum garoto aparentemente sem muita fibra que apareceu pelas bandas de lá, tinha quase sempre olhos profundos tocando o horizonte com uma sede, infinita sede, motivo que rendeu-lhe o apelido de louco. Pequeno menino louco.

1.11.2009

Domingo, noite, confusão de sons e vontades.

O que dizer da liberdade fugaz, que desaparece repentinamente, e nos deixa assim tão só? Onde estão os sorrisos ensolarados que apareciam discretamente debaixo dum aconchegante azul cinza? Quanto a peles e olhos, quanto a tudo o mais, diante e apesar do desespero e do medo, da mistura sem pudores, continuamente pareciam tão mais encantadoras tais irrealidades, quase nos perguntamos o porque de não ficar mais um pouco a sós, com tudo aquilo de sabores e aromas, no nosso circo nebuloso da alfandega. Saltitando entre o que é, o que foi, e o que há de ser, o sumo, o limo, a fronteira mais aguda de todo o nosso universo, divisória entre os viveres e loucuras, encantos de contratempos remotos e nomes, tais nomes, impronunciáveis, eis que talvez minhas prisões tornaram-se minha liberdade em si, pois no silêncio secreto somos mais livres do que os livres estão. Afim de gargalhar, somos sete milhões de vidas!!!

Beijos infinitos, trêmulas carnes, olhos insanos, serenos sublimes vislumbres, enfim, beijos, carnes e afins.

sans crainte de fuite les leviers, de l'amour sans pudeur.

Britto de Souza

1.02.2009

e lá se foi o primeiro dia do ano.

que venham os outros trezentos e tantos