6.12.2012

sobre não ser morto



Meus olhos procuram o celular com o relógio assim que se abriram. Ainda eram nove e quarenta e cindo da manhã. O nome disso é pequena vitória. Banho, café, corrida. Em teoria tudo funciona bem. Na prática o sol quer te matar. Podemos conviver com a ausência da corrida matinal hoje. Somos, afinal, uma segunda, matar o leão nem sempre é uma opção. Não ser morto basta.

Temos uma cama no meio do quarto, enviesada. Lembramos o porquê dela estar assim? Roupas ainda estão espalhadas, meu tubarão nada pelo chão junto a cobertas, travesseiros, colchas e cabelos. Os livros caem como frutas maduras. Um suvenir francês expõe a pequena torre, com os restos do globo estilhaçados. Cada coisa volta pro seu lugar, uma a uma. Quando a condição da bagunça não reflete minha condição interna tudo se dissipa fácil.

Aqueles papéis espalhados se juntam numa mesa. Reorganizar, enxugar, reescrever, beber bastante água. Sete loucuras se fazem uma tabela. Diminuir a arrogância e aumentar a percepção da condição de aprendiz. Precisa de mais? Comer, esperar, dormir. Sentar na calçada, olhar para o céu, e contemplar. Meu sorriso bobo e leso vem com a noite, o filme, o vinho, a louça. Fim.

6.11.2012

Feraniado


Eu tenho quatro blogs parados, queria voltar a postar, mas não sabia por onde começar. Decidi recomeçar por esse, e com o tempo mato os outros de uma vez. Deve ser o mais pessoal, o com título mais fácil, ou sei lá.

Tenho trocado minhas noites de sono por manhãs de sono, e venho passando varias noites seguidas em claro. Teoricamente isso não é bom, nos ensinaram a pensar assim e deve haver um fundo de verdade nisso. Ou não. Eu não acho bonito nem saudável dormir cedo demais nem acordar cedo demais. Também não considero bonito ou saudável bancar o bebezão que atravessa as noites, as pessoas (jovens babacas) acham o “não dormir” descolado. Pro inferno os jovens babacas.

O feriado foi meio maluco, digamos, um tanto incomum pra rotina feriadesca que eu tinha enquanto empilhava latas de leite condensado moça. Foi bom passar um tempo diferente com a família, mas ainda tem mutia família com a qual não passei o devido tempo. Acho que isso é coisa da vida mesmo.

Tive umas boas ideias nesse pequeno período de dias. E boas ideias servem pra ferrar a sua vida cheia de boas ideias soltas que atrapalham todo o andamento. Num curto espaço de tempo a minha cabeça explodiu algumas vezes. Acho enfim que é por isso que voltei a escrever numa frequência um pouco maior que a comum.

Talvez eu fale um pouco sobre algumas experiências como me tornar palhaço, escrever, perder peso, estudar e chutar alguns baldes antigos, talvez eu fale sobre qualquer outra coisa. Hoje já é segunda-feira, mas, passou a pouco da meia noite, ainda da tempo de dormir e acordar antes de meio dia. Por isso vou ficando por aqui.